Você Aceita Receber Remuneração por Serviços Não Prestados?
Vamos fazer uma pausa para o café ☕ e conversar um pouco sobre a aplicação do Código de Ética Farmacêutica? Já pegou seu café? ☕
“Receber remuneração por serviços que não tenha efetivamente prestado” – Código de Ética Farmacêutica, Resolução CFF 596/14, Art. 14, Inciso XXV – Proibições ao Farmacêutico.
Se trabalhando já está difícil de receber...😄 Você pensou isso?! Bem provável... Este inciso do Código de Ética Farmacêutica não é relacionado a quanto exatamente você recebe ou em que dia do mês o 💵💵💵💵 entra na sua conta... Até porque quem trata de remuneração é Sindicato, e não Conselho... Sabe aquele “Assinacêutico”? 😐 Esse inciso reflete mais uma infração ética que ele comete. Se ele efetivamente não trabalha, apenas “empresta” ou “aluga” seu nome, está recebendo remuneração indevida. 🚩 Podem existir outras situações? 👉 Sim. Há outras situações que se entrelaçam com as normas trabalhistas.
Um exemplo: Digamos que em sua Farmácia sejam feitos serviços farmacêuticos e que cada Farmacêutico receba um determinado valor por cada serviço que faz. No mês passado você fez 120 serviços e o seu colega 80. Se por alguma falha na apuração pela empresa, ela informar que cada um fez 100 serviços. E seu colega conscientemente recebe por esses 100 serviços? Você receberia 20 serviços a menos... É certo? É ético? E ainda, se ele justificar que “a empresa é que errou na conta, ela é quem deve pagar a diferença para você”. É certo? É ético? No meu ponto de vista, não é certo e nem é ético, nem com a empresa e nem com você. Uma situação seria ele não perceber que a apuração está errada e por descuido receber o valor a mais. E, reparar imediatamente o que aconteceu logo que perceba ou seja informado. Outra coisa é deliberadamente receber o valor a mais, sabendo que está errado, que está recebendo por serviços que não praticou, que o valor é devido ao seu colega e não a ele. 👉 E se fosse você que tivesse recebido a mais? De volta a infância... Sabe aquela história do “confere o troco” que sua mãe sempre falava quando você ia à padaria?... Se você aparecesse em casa com troco errado, faltando dinheiro, o que acontecia? E se estivesse sobrando? Isso é, se já não tivesse virado chiclete rs... Cada um de nós recebeu essa mensagem de forma diferente e registrou com um significado em seu próprio cérebro. Alguns ficavam orgulhosos de entregar o troco certinho, outros achavam “vantagem” em ter troco sobrando e ainda pediam a diferença... Receber pelo que você não fez não é “vantagem”. Essa falsa ilusão de “vantagem”, principalmente no caso dos “assinacêuticos”, tem um preço muito alto. Não é apenas o risco de ir para o Conselho de Ética, receber as devidas punições, que pode chegar até a perda de seu direito de ser Farmacêutico. Para mim, o maior preço é deixar de lado todo o esforço, dedicação e tempo investidos em minha formação. Formação profissional e formação como pessoa, parte integrante de uma sociedade. Uma frase que desde pequena escuto é “não faça para os outros o que não quer que façam com você”. Sim, há pessoas que vão fazer errado, vão querer tirar vantagem de você. Você tem que estar atendo para não cair nessas armadilhas, e não resolver ser igual a eles... Tem pessoas que roubam, matam... Isso não quer dizer que você deva fazer o mesmo, não é?
Espero que tenha gostado! 😉
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Pausa para o café ☕, vamos falar de Ética! Este é o nosso encontro toda quinta-feira as 17h na Fanpage. Neste encontro conversaremos sobre pontos importantes para a atuação Ética do profissional Farmacêutico. Minha missão aqui é descomplicar o entendimento das normas profissionais e lembrar aqueles pontos que muuuitas vezes esquecemos no dia a dia.
Boooa tarde! Agora... vamos voltar ao trabalho 😉
Abraços,
Isabel Schittini
